Para o Marcelo
Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos envolvidos
Na balada
Se encontraram pela primeira vez no bar. Pegou a cerveja dela pensando que fosse a sua. Se desculpou, ela disse que tudo bem, sem problemas. Suas mãos se tocaram quando devolveu a lata. Olhares cruzados, esse era o momento de dizer algo inteligente ou engraçado ou sério ou qualquer coisa. Mas não conseguia, aqueles olhos negros o hipnotizaram.
Marcela pegou a lata, virou as costas e desceu para a pista. Mário ainda ficou no bar alguns instantes, embasbacado. Quando voltou a si, foi para junto de seus amigos na pista.
Para ele, já não havia mais ninguém no local, a nào ser aquela mulher. Era como se todas as outras pessoas estivessem no escuro, e ela sob um holofote. Todos a admirar seus movimentos, sua leveza enquanto dançava aquela música com forte batida e ritmo envolvente. Era surpreendentemente graciosa apesar de sua altura, 1.74m. Seus cabelos, castanhos claros e ondulados, roçavam o meio de suas costas enquanto dançava. Seus olhos eram capazes de atravessar paredes e suas mãos de derreter corações. E sua boca...ah, sua boca...
Estava ainda tomando coragem, quando notou que haviam se aproximado dela e de seu grupo de amigas. Mário e Marcela, de costas para o outro.
Pensou em pedir ajuda ao amigo ao seu lado, que nesse momento ria sozinho, como se tivesse aprontado alguma. Antes que perguntasse qual a graça, sentiu um leve empurrão em seu ombro.
Era Marcela. Aqueles grandes olhos negros o encaravam agora. Ela começou a lhe dizer algo. Ele sorriu., não acreditava que ela estava tomando a iniciativa de lhe falar. Se aproximou para ouvir melhor. Só entendeu o final da frase, "...passar a mào na bunda de outra" e não teve tempo de responder ou se justificar.
Acordou no hospital, com sete pontos pontos no lábio e uma marca de anel logo abaixo do nariz.
3 Comments:
Fico imaginando: qual seria o meu papel se eu estivesse nessa balada?
O mesmo que o meu British: sentar no chão pra dar risada
ainda q a história q vc contou é fictícia.
pq a real é bem pior
prado
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