Vai deixar saudade
Vou tentar fazer jus à honra de figurar minhas lembranças ao lado (ou acima, ou abaixo) de tão ilustres colegas.
Minha chegada à universidade foi diferente. Pra começar, não tomei trote do Jornal, mas do RTV. Também já conhecia duas pessoas da minha classe: o Vitor e o Zé (que eu não sabia que tinha feito cursinho comigo). Minha turma inicial foi o Vitor e pessoas que por acaso estavam sentadas perto nas primeiras aulas, como a Evelyn e a Carol. As outras pessoas, não conhecia nem do trote.
O primeiro destes amigos que se fez notar para mim foi o Pablo. Afinal, ninguém mais subiu na cadeira pra tentar ligar o ar condicionado ainda na primeira semana. Marcão também, que me achou parecido com a Evelyn, perguntou se éramos irmãos.
Era uma turma que ia pro bar quase todo dia. Cada vez, era uma caixa inteira de cerveja. Alguém sugeriu fotografar as barrigas ao entrar e ao sair da universidade. Acho que o resultado seria desastroso.
Vieram as primeiras festas, os primeiros casais, os primeiros foras (principalmente meus). Também os primeiros trabalhos, primeiras provas, primeiras recuperações. Quem não teve medo de ficar com o Faro? Todos. E quem não ficou? Só a metade.
Veio o Juca, uma festa e tanto, que dura quatro dias sem parar, o primeiro de quatro. Inventei um slogan que não pegou: “Quatro dias desrespeitando feriado religioso”. Eu, o único de nós cinco que fui em todos. Foi em Serra Negra, o melhor de todos na minha opinião. Também o qual fui nas condições mais precárias, de ônibus e alojamento. O laranja começava a fazer parte da vida acadêmica.
E então vieram as férias e depois, seis meses brigado com o Vitor, por causa de um vacilo meu, que ele pediu pra esquecermos, mas que faço questão de me lembrar pra não repetir o erro. Foi aí que eu tive que procurar novos ares, fui buscar meu espaço na turma.
Passei a andar bastante com o Tenente Elthon. Até que ele continuou na universidade, até o final do segundo ano, foi com quem tive mais contato.
Esse ano de que estou falando foi 2001, e o dia 11 de setembro marcou o mundo todo. Nossa turma também. Nesse dia o Marcio tomou o maior esporro de toda a turma em todos os anos, durante a aula do Faro, do próprio Faro, e sem ter culpa de nada.
O final do primeiro ano foi histórico. Primeiro, o churrasco de despedida na chácara do Papito, ainda inacabada e todas as loucuras que fizemos. Teve até o Colina caindo de uma cachoeira, Bruno Joselito (em sua última aparição), a ala vip do Artur...
Depois teve o reveillon, uma viagem histórica. Tínhamos desconto em todos os lugares de Brotas porque éramos nove: eu, Elthon, Maíra, Marcio, Mayumi, Nathália, Patrícia, Regiane e Zé. Nessa viagem o Marcinho virou celebridade na cidade, quase como o Daniel, depois da barrigada no rio.
O primeiro trote que demos foi o melhor de todos. Como o Marcio já disse, muitas das pessoas do primeiro ano eram mais presentes em nossa turma que pessoas da nossa classe. O churrasco de boas vindas foi também foi muito bom, onde várias histórias que duraram muito tempo ou até hoje começaram. E teve o lig-lig, pessoas rolando na grama...
Em 2002 o Juca foi em Guaratinguetá pela primeira vez. O transporte meu carro. A hospedagem um hotel ½ estrela em Aparecida. Os dias Corpus Christi novamente. E como era bom chegar da balada fazendo barulho enquanto os romeiros acordavam para ir rezar.
Neste ano, houve churrasco de despedida para o primeiro semestre, vê se pode... Mansão Guerra número 3, em Bertioga. Fila de carros na serra da Anchieta, eu fechava o comboio de dez carros, as esfihas do último jogo do Brasil na Copa estavam no meu carro, a Marina subiu à pé desde o carro do Pablo (ah, a Parati do Pablo...) que abria o comboio, para buscar a comida e descer oferecendo para todos os carros. Cadeiras quebradas, pessoas entrando onde não deviam, carros balançando, barracas balançando (dentro de casa), bailinho, carros atolados.
Ah, a Copa do Mundo. Habib’s da São Judas, bingos, Brasil x Inglaterra, noites em claro, pescadas no trabalho. Foi a melhor Copa da minha vida, mais que 1994. Tudo isso, no pós-Juca, um mês e meio em que essa turma viajou todos os fins-de-semana juntos.
No começo do segundo semestre foi criada a empresa mais rentável do mundo, que existe até hoje, mas até já roubaram o nome, mas não o espírito. Por seis meses a empresa fomos eu, Elthon, Prado e Zé. Depois, o Elthon foi abrir uma filial em Minas, eu passei a ser membro do conselho vitalício.
O início de 2003 e o trote do terceiro ano justificam minha mudança de cargo quando comecei um namoro que duraria 11 meses. O trote em si já não foi o mesmo, legal, mas já não estávamos tão animados. Ficamos devendo até hoje o churrasco de boas vindas para essa turma.
Encontrei uma de minhas melhores amigas atualmente nessa turma, a Vivian, uma vizinha que eu nunca tinha visto. Não tão vizinha assim, mas que mora a 10 minutos de caminhada da minha casa. Uma amiga que sempre foi alvo de francos-atiradores, principalmente do Mogi. Até hoje eles são recordistas mundiais em número de xaveco-e-fora.
Foi um ano em que passei bastante relapso. Poucas coisas marcaram em mim. Nem mesmo o Juca, que não vai merecer mais que essas palavras. Foi um ano em que as pessoas se distanciaram, as panelas ficaram mais nítidas, o que pouco se percebia.
O ano atual passou muito rápido, já estamos na metade, passou voando, já estamos escrevendo textos de despedida, estamos desejando feliz Natal um para o outro na hora de nos despedirmos na porta da faculdade.
No entanto, me sinto mais feliz. Me reaproximei dos amigos, as panelas se reaproximaram, parece que todos já sentem uma nostalgia no ar e querem aproveitar tudo ao máximo.
Até no campo profissional começou diferente, comecei o ano trabalhando. Eu, um italiano que todos chamam de Inglês, vai trabalhar em um jornal japonês e acaba saindo de lá com uma namorada loira de olhos azuis. A melhor coisa que poderia acontecer para mim.
O último Juca, a volta às origens, o retorno ao alojamento, finalmente a diversão plena de novo. Mesmo que também quisesse que a Patrícia estivesse comigo. Os quatro dias passaram voando, minha voz ainda não voltou de Cruzeiro mais de quatro dias depois.
Ainda temos mais seis meses pela frente. Meses que vou me encontrar mais com outras cinco pessoas do que com quaisquer outras, minha família, minha namorada. O TCC está aí.
Acho que a pior das despedidas ainda está por vir.
Sei que nesse texto citei poucas pessoas, muitas das mais importantes não foram citadas, mas não é por isso que eu não me lembrei delas, se eu tentar lembrar aqui vou me esquecer de alguém de novo, mas vamos lá: Alexandre, Anahí, Andreza, Carla, Carol Castro, Cervantes, Cleiton (a celebridade da turma), Cristiane, Douglas, Evandro, Flávio, Gino, Jacinto, Gabriel, Jennifer, Lígia, Mari, Naka (musa do olhar 43), Natália de Luca, Papaterra, Pinda, Renata Brito, Renata Nascimento, Tarsis, Thais, Torreglosa, Veri. Cal Francisco, Faro, Gobbi, Heron, Margarete, Marli, Tarquini Verônica.
O melhor é saber que, além da saudade, vão sobrar muitas boas lembranças dessa galera toda.
3 Comments:
A cada dia q entro nesse blog e leio os txts dá vontade de voltar no tempo.
Não pode acabaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrr
Amo todos vcs, meus anjos!
Tá td mto lindo!
Mari
A cada dia q entro nesse blog e leio os txts dá vontade de voltar no tempo.
Não pode acabaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrr
Amo todos vcs, meus anjos!
Tá td mto lindo!
Mari
Brotas foi demais!
Show do Daniel, barrigada no riozinho, Seu Tavolaro rules!
Saudades :(
Bjos
Nathy
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