sexta-feira, outubro 01, 2004

O caminho para a finitude

Andando pela noite
Em becos escuros
Procurando olhos
Tomados pelo pavor

Ele está com o machado na mão
Não há saída
Ele vai te achar

Para te golpear e matar
E você não pode correr para nenhum lado

Ele não sente nada
Ele não consegue parar
Ele quer apenas sangue
E sorri quando está com o cutelo na mão

Matar, golpear, destruir
Combata fogo com fogo
Morte, destruição, ódio
Não suplique, apenas grite

O movimento da morte é ininterrupto
E está atrás de você
É o soneto taciturno
O acorde do inevitável

Ele apenas quer ver a lâmina em ação
Na sua cabeça não existe certo ou moral

Não corra
Não chore

Ele fará com que a dor cortante
Chegue até aos seus ossos

A destruição é a sua vida
E o inferno a sua alma

E ele vai te achar
E te matar


PS: quero deixar claro que não estou ficando um maníaco esquizofrênico. Escrevi esse e o outro texto com título homônimo usufruindo um pouco dos filmes, livros e músicas com temáticas de terror que respectivamente já assisti, li e escutei. Desequilíbrio sim, loucura não.