quarta-feira, junho 22, 2005

O lixo

O que é necessário para atingir o impossível? Como escrever, pensar, fazer algo quando não há inspiração? Veja o meu caso agora: estou escrevendo isso sem nenhuma vontade, com uma dor de cabeça lancinante, ocupando meu tempo com, digamos, um ´ócio dissertativo’.
Não sei como terminar isso (aliás, iniciei algo?), muito menos continuar com esse texto, que até agora foi pura inutilidade.
Passar uma mensagem é extremamente complexo. Não importa se é algo sobre sua pessoa ou de interesse coletivo. Aliás, isso aqui está uma bosta. Horrível.
Vou postar devido a uma idéia que surgiu agora na minha cabeça, numa tentativa de imbuir esse texto com algum valor aproveitável: essas linhas existirão por causa da vaidade humana.
Sim, essa abstração tão presente e muitas vezes maldita acaba com a nossa alma. Por causa dela, nos escondemos e deixamos nossos defeitos no local mais longínquo e elaborarmos uma caricatura de nós mesmos, cujo desenho final nem reconhecemos.
Que bosta de texto. Mas desprovido dessa porcaria de vaidade, está aqui postado, já que por mais que busquemos ocultar os defeitos, eles nunca nos abandonam. Sempre estão lá e quando são preteridos, ficam mais perigosos. Furtivamente, esperam o primeiro deslize e atacam, acabando com todo o nosso teatro de ‘benfeitor perfeito’.
Portanto, aqui está esse lixo de texto. E no lixão, a minha vaidade. Até porque junto com as nossas qualidades estão intrínsecas as porcarias que criamos, aprovamos e executamos. E meu Deus, como eu faço besteira.